Manhã Chuvosa de Domingo? Wake Up Slow...

Abro os olhos e antes de me levantar para ir ao banheiro bem rapidamente percebo o barulho intermitente da chuvinha que cai mansa lá fora. A temperatura parece mais baixa e como minha cachorra ainda não está arranhando a porta para entrar já fico imaginando o dia cinza e molhado com o qual devo me deparar.

Vou ao banheiro porque a natureza não dá trégua às grávidas. Minha cachorra passa andando rapidamente com o tic-tic-tic das patinhas sobre o piso e é claro que já pulou na cama pra acordar o Ricardo. Antes de voltar ao quarto dou uma olhada no tempo e constato exatamente o que eu imaginava: dia pra não sair da cama.

Inevitavelmente, lembro de uma música do Jack Johnson sobre um dia chuvoso, em que a mulher para quem ele está cantando não percebe que está chovendo e que não adianta se preocupar, planejar tudo freneticamente: vamos acordar devagar, ele convida.

E todo dia chuvoso, eu super topo!

Vocês podem imaginar que juntar um dia chuvoso com toda a sonolência da minha pessoa, não é boa coisa em plena terça-feira, mas hoje domingão: wake up slow, please!

Portanto, depois de ter atendido ao chamado da natureza, corri de novo para a cama, onde a May - que também não gosta de frio e chuva - não tinha acordado ninguém: estava só lá se aquecendo no edredom!

Very slow, baby!

Cresce bastante aí, hein bebê!

Sono, interminável sono!

Pessoas queridas!

Meu assunto não pode ser outro: ai que sono!!!!!!!!!!

Me lembro de ter tanto sono assim em momentos do tipo: trabalhar depois da balada vários dias seguidos -séculos e séculos atrás, hahahaha-, nos dias de faculdade por esse Brasilzão -em SP, dormindo e sonhando muuuito em duas estações de metrô (!!!) e em Floripa nada como 1h de estrada até a faculdade pra dormir mais - e no inverno, claro!

Pois agora, em pleno verão, euzinha digo: poderia dormir muitas horas seguidas e nos intervalos ler um pouco, até dormir de novo!

Inércia, você pensou? Eu também! Mas já prometi a mim mesma que nada de culpa nessa gravidez: a vida já tem pressão e sacrifício suficientes, eu acho.

Por outro lado, não há ioga, meditação ou qualquer outra técnica que mais me desacelere nessa vida - tirando uns meses lá em Floripa, lógico.

E nestes dias fico lembrando que alguém me dizia na infância: criança, pra crescer, tem que dormir bastante. E eu ficava imaginando que era muito maior quando acordava.

Tudo bem, fiquei nos meus 1,58m, apenas, mas agora fico pensando que quando acordo é meu bebê que está maior, nem que seja só um pouquinho mesmo, né?

Ah, Esqueci de Dizer!!!!!!!!!!!!

Ah, esqueci de dizer algo importante!

Para aqueles que ficaram esperando minhas fotinhos do ultrassom: desculpe não ter colocado ainda!!!!!!

Acontece que este bebê aqui está muito pequenininho ainda e não ficou muuito definido nas fotos. Então aguardemos o próximo ultrassom!!!!

O que posso lhes dizer é que está tudo bem e dentro do normal!

Então em breve teremos novidades!

Minha Cachorra, Meu marido, Meu Bebê e Eu: Parte I

Eu ia simplesmente escrever sobre como eu e meu marido estamos empenhados em fazer nossa cachorra mega participar deste momento de nossas vidas, mas antes de escrever andei dando uma lida na internet em algumas coisas e ainda vou escrever sobre isso, mas não antes de dizer que li muuuuita baboseira sobre o assunto em meros dez minutos!

Alguns dizendo que grávidas precisam se desfazer de seus cães, outros falando de alergias, alergias, alergias, doenças, doenças, perigo para o bebê, blá-blá-blá!

Ok, todo mundo tem sua parcela de possibilidade de doenças, alergias e claro, dificuldade para lidar com um animal e ainda mais passando por tantas mudanças por tão pouco tempo.

Mas se você tem um animal que ama, não pode achar de verdade que colocá-lo para adoção seja a solução para os problemas deste período, certo?

Aliás aprender a lidar com seu bichinho nesse momento, pode ser bem divertido!

Então depois da sessão desabafo, conheçam minha cachorra, May!

Nossa nega é uma jovem senhora vira-lata de 8 anos (aliás ela não é só um pouco vira-lata, até alma dela é vira-lata!).

Normalmente ela é bem calma, mas ansiosa. E agora, achamos que é a hora de trabalhar a ansiedade dela - e claro, começando pela nossa! E vou dizer, nossa primeira grande situação de educar um terceiro, mesmo com muito amor, pode ser bem difícil.

Primeiro, eu tenho um jeito de falar e ele tem outro. Eu tenho um "método" e ele tem outro. O meu jeito dá certo e o dele também.

Logo que fiquei sabendo da gravidez, comecei a pensar em como deixar tudo isso mais uniforme. As regras precisariam ser tais, tais e tais. Aí vi que para a May, nada disso importa. Ela quer ficar conosco, sabe quais são as regras e como eu cobro dela e como o Ricardo cobra. Ele é o Alfa, então sempre foi mais obedecido, mas agora as coisas estão diferentes em casa. Não estou me tornando Alfa pra ela. Nesse momento sou a dona que tem uma coisa diferente. Agora ela costuma deitar a cabeça na minha barriga e quando sinto uma vibração interior, ela muda só um pouco a posição, como se estivesse incomodando e depois, não mais.

Agora sinto que a atenção ela não dá 100% para o Ricardo e sim, tipo 80/20.

Mas na verdade, fico me perguntando se a questão é essa ou se na verdade essa mudança não está sendo operada porque também estou me dedicando mais a ela: eu e o Ricardo estivemos bem preocupados com o ritual de passeio dela e à noite, na minha vez, tenho me dedicado mais do que eu fazia há algumas semanas. Na hora de colocar a comida dela, na hora de brigar com ela para não subir como uma louca no sofá, na hora de agradecer pela tarefa realizada.

Não parece até um relacionamento calmo e submisso, à la Encantador de Cães (hahahahahaha)?

E na verdade as relações na nossa vida também não são são assim?