domingo, 25 de dezembro de 2011

Ah, as boas lembranças!

Ultimamente tenho pensado muito na minha infância e apesar de toda infância ter coisas boas e ruins, lembro da minha com muita alegria, como se só tivessem acontecido as coisas boas.

E na minha família não se pode deixar de falar do Natal , porque era a reunião das reuniões! Momento-mor de bagunça na casa do meu avô!

E talvez muitos de vocês saibam, muitos não: minha família é um caso a parte. Terei milhões de histórias divertidíssimas para contar sobre minha infância.

A família da minha mãe é a maior: minha mãe tem seis irmãos. Todos tem filhos (dois, três, quatro), e vários dos filhos também tem filhos. E o mais incrível: vemos boa parte de todas essas pessoas com bastante frequência em almoços de domingo na minha avó.

Sobre o Natal, estou falando da família do meu pai: somos nove primos e acho que até nossa pré-adolescência, passávamos todos nossos natais na fatídica casa do meu avô.

Nossa alegria começava algumas semanas antes, quando ficávamos tentando descobrir quais e para quem eram os presentes já embalados em seus tamanhos e formas diferentes, guardados não sob a árvore ainda, mas sobre um guarda-roupa alto, muito fora de nosso alcance, que só ajudava a despertar nossa já aguçada curiosidade.

Depois tinha a montagem do presépio. Eram tantos bonecos e minhas tias iam me dizendo os nomes e eu imaginando historias para todos eles, todos os anos, quando eu ajudava, claro. Achava muito mágico montar aquela cena! Faltava o Menino-Jesus que só colocávamos no dia 24 a meia-noite. E todos muito católicos rezavam um pouco fazendo seus pedidos/agradecimentos nesse dia.

E brincávamos, hein? Brincávamos muito: esconde-esconde e outros sei lá que jogos que duravam mesmo a noite toda.

Não sei se essa é a mesma memória de todos os meus primos, mas eu gostava de esperar essa nossa reunião.

Além de tudo minha irmã faz aniversário dia 24 - ela especialmente, não gostava muito disso, principalmente na adolescência, porque os amigos estavam viajando, etc; mas eu achava incrível nascer em pleno dia 24! Você ia ter festa, querendo ou não!

Hoje, todos já crescidos e com suas próprias vidas, não nos vemos todos nesse dia. Em 2009, pela primeira vez, eu não estava presente no aniversário dela, nem nessa reunião.

Estávamos eu e meu irmão em Florianópolis, eu tinha acabado de me mudar. Meu marido ainda não estaria lá. Até me acostumar com a ideia de que seríamos só nós dois, sem ceia de Natal e as piadas de todos os anos, levou um tempo e claro, tudo passa.

Esse ano, pra mim, o Natal não foi fácil: passei super mal todo o dia 24, e à noite eu não estava exatamente bem disposta para me arrumar e sair, mas fiz um esforço. E fiquei tão feliz de ter sido recebida com tanta felicidade pelas minhas tias e tios, ouvir todas as piadas da vida inteira que meu pai e todos eles sempre trocaram e sentir que apesar de não conseguirmos nos ver todos os dias que gostaríamos, continuarei amando muito essas pessoas.

Para meus queridos que não estavam lá ontem, também, Feliz Natal!

Beijão.

3 comentários:

  1. Amor é uma coisa engraçada, todos nós precisamos da proximidade familiar para o todo ficar completo, nesse post senti falta da minha infância e percebi que o amor se reconstrói em qualquer lugar, mesmo quando nos sentimos sozinhos, sem nossas tradições e familiares mais próximos. Felicidades....

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  2. Hihi adorei!
    Só tenho boas lembranças somente tbm...
    #tempobom

    Bjos!
    Cammys

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