Ultimamente tenho pensado muito na minha infância e apesar de toda infância ter coisas boas e ruins, lembro da minha com muita alegria, como se só tivessem acontecido as coisas boas.
E na minha família não se pode deixar de falar do Natal , porque era a reunião das reuniões! Momento-mor de bagunça na casa do meu avô!
E talvez muitos de vocês saibam, muitos não: minha família é um caso a parte. Terei milhões de histórias divertidíssimas para contar sobre minha infância.
A família da minha mãe é a maior: minha mãe tem seis irmãos. Todos tem filhos (dois, três, quatro), e vários dos filhos também tem filhos. E o mais incrível: vemos boa parte de todas essas pessoas com bastante frequência em almoços de domingo na minha avó.
Sobre o Natal, estou falando da família do meu pai: somos nove primos e acho que até nossa pré-adolescência, passávamos todos nossos natais na fatídica casa do meu avô.
Nossa alegria começava algumas semanas antes, quando ficávamos tentando descobrir quais e para quem eram os presentes já embalados em seus tamanhos e formas diferentes, guardados não sob a árvore ainda, mas sobre um guarda-roupa alto, muito fora de nosso alcance, que só ajudava a despertar nossa já aguçada curiosidade.
Depois tinha a montagem do presépio. Eram tantos bonecos e minhas tias iam me dizendo os nomes e eu imaginando historias para todos eles, todos os anos, quando eu ajudava, claro. Achava muito mágico montar aquela cena! Faltava o Menino-Jesus que só colocávamos no dia 24 a meia-noite. E todos muito católicos rezavam um pouco fazendo seus pedidos/agradecimentos nesse dia.
E brincávamos, hein? Brincávamos muito: esconde-esconde e outros sei lá que jogos que duravam mesmo a noite toda.
Não sei se essa é a mesma memória de todos os meus primos, mas eu gostava de esperar essa nossa reunião.
Além de tudo minha irmã faz aniversário dia 24 - ela especialmente, não gostava muito disso, principalmente na adolescência, porque os amigos estavam viajando, etc; mas eu achava incrível nascer em pleno dia 24! Você ia ter festa, querendo ou não!
Hoje, todos já crescidos e com suas próprias vidas, não nos vemos todos nesse dia. Em 2009, pela primeira vez, eu não estava presente no aniversário dela, nem nessa reunião.
Estávamos eu e meu irmão em Florianópolis, eu tinha acabado de me mudar. Meu marido ainda não estaria lá. Até me acostumar com a ideia de que seríamos só nós dois, sem ceia de Natal e as piadas de todos os anos, levou um tempo e claro, tudo passa.
Esse ano, pra mim, o Natal não foi fácil: passei super mal todo o dia 24, e à noite eu não estava exatamente bem disposta para me arrumar e sair, mas fiz um esforço. E fiquei tão feliz de ter sido recebida com tanta felicidade pelas minhas tias e tios, ouvir todas as piadas da vida inteira que meu pai e todos eles sempre trocaram e sentir que apesar de não conseguirmos nos ver todos os dias que gostaríamos, continuarei amando muito essas pessoas.
Para meus queridos que não estavam lá ontem, também, Feliz Natal!
Beijão.
Amor é uma coisa engraçada, todos nós precisamos da proximidade familiar para o todo ficar completo, nesse post senti falta da minha infância e percebi que o amor se reconstrói em qualquer lugar, mesmo quando nos sentimos sozinhos, sem nossas tradições e familiares mais próximos. Felicidades....
ResponderExcluir;) Tks.
ResponderExcluirHihi adorei!
ResponderExcluirSó tenho boas lembranças somente tbm...
#tempobom
Bjos!
Cammys